Para além de um repositório!

Sobre Fiocruz Brasília

Criado em 01/01/1976

Brasília - DF - BR

Perfil Institucional

A Fiocruz Brasília é um órgão da Presidência da Fiocruz e tem suas atribuições definidas pelo Decreto Presidencial nº 4.725/2003. Atualmente, e sobretudo diante da expansão da unidade nos últimos anos, suas atividades são norteadas por um conjunto de três eixos de atuação: Integração, Inteligência e Formação.

Por estar localizada na capital da República, a Fiocruz Brasília busca promover a articulação e a Integração entre as unidades regionais da Fiocruz distribuídas pelo País, e também entre toda a instituição e órgãos ligados aos três Poderes da União (Executivo, Legislativo e Judiciário), e representações de entidades nacionais e internacionais ligados à saúde.

Por meio do eixo Inteligência, a instituição vem implementando ações e medidas que possam subsidiar todo o conjunto Fiocruz (e seus parceiros) de informações estratégicas para a tomada de decisão. E isso se dá por um processo de mapeamento, análise, tratamento e difusão de informações, estruturado sobre uma atuação em rede que considera as diferentes necessidades e realidades dos atores com os quais interage.

O eixo Formação é conduzido pela Escola Fiocruz de Governo (EFG), juntamente com a Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS), e busca atender a demanda por capacitação e aperfeiçoamento dos trabalhadores ligados à saúde, majoritariamente no âmbito federal. Diversos cursos de pós-graduação, nas modalidades Atualização, Aperfeiçoamento, Especialização e Mestrado são promovidos em articulação com outras unidades da Fiocruz e com parceiros externos.

Os três eixos de atuação orientam as atividades de todas as áreas da Fiocruz Brasília, tanto daquelas que integram a Coordenação de Programas e Projetos (CPP), quanto das suas Assessorias e Áreas Técnicas. Por meio da CPP, a instituição se dedica a trabalhos nos seguintes campos: Direito Sanitário; Alimentação, Nutrição e Cultura; Educação, Cultura e Saúde; Epidemiologia e Vigilância em Saúde; Promoção da Saúde, Ambiente e Trabalho, e Bioética e Diplomacia em Saúde.

História

A Fiocruz Brasília nasceu em 1976, quando o então vice-presidente da Fiocruz, Vinícius Fonseca, decidiu montar um escritório da Fundação Oswaldo Cruz em Brasília. Época de transformações, do início da abertura política e da constituição do movimento de Reforma Sanitária, o que pedia a presença de uma instância da Fiocruz na capital.

Nessa época, o escritório recebeu o nome de Diretoria Regional de Brasília (Direb) e foi instalado na sede da Organização Pan-Americana de Saúde — Opas — (1976) e, depois, no edifício do Instituto Nacional de Alimentação e Nutrição – Inan – (1977), que atualmente pertence ao Ministério da Saúde.

Na década de 1980, a Fiocruz Brasília passa a chamar-se Coordenação Regional da Fiocruz (Coreb) e a efetivar parcerias estratégicas — com a UnB —, quando ocorreu a cessão do terreno para construção da sede regional da Fiocruz, e com a Assessoria de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde.

Os anos 1990 iniciam um novo período de constituição do quadro de funcionários e de expansão das atividades, com ações regionalizadas e a formalização da representação institucional. Em 1995, ainda como Coreb, a sede da Fiocruz Brasília passa a ocupar algumas salas no Ministério da Saúde, retornando, em 1999, ao edifício do antigo Inan, na quadra 510 Norte. No decorrer da primeira década dos anos 2000, volta a ser denominada oficialmente Diretoria Regional de Brasília, adotando, mais tarde, o nome Fiocruz Brasília, seguindo a mesma estratégia das demais unidades regionais da Fiocruz.

Em junho de 2010 é inaugurado o prédio da Fiocruz Brasília no campus da Universidade de Brasília – UnB –, três anos após o lançamento da pedra fundamental, em novembro de 2007. Neste prédio, com quatro blocos independentes, funcionam a Escola Fiocruz de Governo (EFG), a UNA-SUS – Universidade Aberta do SUS e diversos projetos e programas divididos em áreas de conhecimento como Direito Sanitário; Alimentação, Nutrição e Cultura; Educação, Cultura e Saúde e Saúde: Promoção da Saúde, Ambiente e Trabalho; Epidemiologia e Vigilância em Saúde; Economia e Políticas Públicas; e Bioética e Diplomacia em Saúde.

Cada uma dessas áreas desenvolve atividades variadas, como projetos e pesquisas, cursos, eventos e publicações. Ligadas à Direção, estão a Assessoria de Comunicação Social, a Assessoria de Cooperação Internacional, a Administração, o setor de Informática, o de Planejamento, Gestão e Integração Estratégica.

A construção da Fiocruz Brasília resulta do trabalho e dedicação dos profissionais que a conduziram por diferentes períodos, como Edmilson Duarte, Antônio José de Souza Machado, Lenir Sales Duarte, Celina Roitman, Lenita Nicoletti, Marcos Mandelli, Fabíola Aguiar Nunes, Denise Oliveira e Silva, Carlos Mattos e Gerson Penna.

Acesse o site oficial: https://www.fiocruzbrasilia.fiocruz.br/


Recursos da Comunidade
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21/04/2022
Pironaridina associada ao artesunato para o tratamento de malária: evidências de eficácia e segurança
Pironaridina associada ao artesunato para o tratamento de malária: evidências de eficácia e segurança A malária é uma doença infecciosa febril aguda de distribuição mundial e no Brasil,sua magnitude está relacionada à elevada incidência da doença na região amazônica e a sua potencial gravidade clínica. Um dos principais componentes da estratégia mundial de combate à doença é o diagnóstico precoce e tratamento imediato. A eficácia da intervenção depende dos medicamentos antimaláricos acessíveis a população. A pironaridina associada ao artesunato (Pyramax),medicamento desenvolvido recentemente,parece ser o único tratamento especificamente indicado ao combate da infecção em nível sanguíneo de ambas principais estirpes da malária (P. falciparum e P. vivax). Objetivo: O objetivo deste Parecer Técnico-Científico é avaliar a eficácia e segurança do uso da pironaridina associada ao artesunato no tratamento da malária por P. falciparum e P. vivax em população adulta e infantil quando comparada ao tratamento convencional. Método: Foi estruturada uma estratégia de busca com os descritores (((“Malaria,Falciparum/therapy”[Mesh]) OR “Malaria,Vivax/therapy”[Mesh])) AND ((pyramax) OR “artesunate”[Supplementary Concept]),realizada entre setembro e outubro de 2018. As fontes utilizadas foram as bases eletrônicas MEDLINE,The Cochrane Library (Cochrane Database of Systematic Reviews,Cochrane Central Register of Controlled Trials (CENTRAL),Cochrane Methodology Register),Science Direct,e Centre for Reviews and Dissemination,Embase e LILACS. Critérios de inclusão foram pacientes de qualquer idade e sexo com malária tratados com Pyramax que apresentem desfechos de eficácia em termos de percentual de cura e segurança com relação ao aparecimento de reações adversas. O instrumento para avaliação do risco de viés da Cochrane será utilizado na avaliação de qualidade dos estudos. Resultados: O processo de seleção dos estudos será guiado pelas diretrizes do Ministério da Saúde para Elaboração de Pareceres Técnico-científicos. Os estudos incluídos no parecer serão revisados por dois pesquisadores independentes e um terceiro revisor resolverá as discrepâncias. A extração de dados será realizada em planilha pre-pilotada para esse fim. A apresentação dos resultados será por desfecho. Planeja-se realizar uma metanálise a depender do número e qualidade metodológica dos estudos primários incluídos e do grau de heterogeneidade das estimativas de efeito dos estudos. Conclusão: Os resultados podem subsidiar tomadores de decisão quanto à incorporação ou não do novo medicamento para o tratamento da malária.
21/04/2022
Identificação e controle de resistência microbiana às drogas antimaláricas efetivas no tratamento de malária por p. Vivax e p. Falciparum no Brasil
Identificação e controle de resistência microbiana às drogas antimaláricas efetivas no tratamento de malária por p. Vivax e p. Falciparum no Brasil A malária persiste na atualidade como um problema de saúde pública que afeta desproporcionalmente populações em situação de negligência no Brasil e no mundo. Estudos recentes mostraram a presença da doença em regiões extra-amazônicas e existe a crescente preocupação com o surgimento de cepas resistentes ao tratamento utilizado para P. vivax e P. falciparum baseado em combinações terapêuticas de derivados de artemisinina. O aparecimento e disseminação de genótipos resistentes têm sido descrito na Ásia,mas ainda não existem evidências documentadas no Brasil. Objetivos: Identificar o aparecimento de cepas resistentes aos antimaláricos usados no tratamento de malária por P. vivax e P. falciparum. Estabelecer critérios para mapear o desenvolvimento de resistência a drogas antimaláricas no Brasil através do sistema de informação do Programa de Controle de malária. Propor medidas de vigilância sanitária orientadas à identificação mais eficiente e oportuna do surgimento de resistência a drogas antimaláricas utilizadas no Brasil. Métodos: Revisão sistemática de eficácia e efetividade dos antimaláricos e da prevalência de cepas resistentes (testes fenotípicos e genéticos) usados no tratamento de malária por P. vivax e P. falciparum usando as Diretrizes metodológicas do Ministério da Saúde. Análise do Banco de dados identificado do Programa de Controle de Malária – SIVEP,utilizando ferramentas de linkagem validadas de forma a identificar múltiplos episódios diagnosticados e reportados. Para estimar a taxa de falha terapêutica e resistência antimalárica,serão utilizados critérios considerando o intervalo entre o diagnóstico de episódios sequenciais. A variação dos intervalos possibilitará análise de sensibilidade dos intervalos mais adequados para os diferentes contextos. Resultados esperados: Identificar e descrever as principais lacunas de detecção e reconhecimento de falha terapêutica e resistência antimalárica no território brasileiro possibilitará a elaboração de uma proposta de estratégias de vigilância sanitária e epidemiológica para a identificação oportuna e precoce do surgimento de resistência antimalárica. Tal proposta contemplará as diferentes variáveis associadas à falha terapêutica no tratamento com antimaláricos: qualidade dos medicamentos,polimorfismo (metabolização da droga),adesão ao tratamento,risco de reinfecção e recaída. Uma sistematização narrativa de resultados preliminares de estudos de resistência a drogas antimaláricas bem como ensaios de novas drogas fornecerão subsídios para esta etapa do projeto. Conclusão: O estudo e o mapeamento dos organismos que estão desenvolvendo resistência à terapia com drogas antimaláricas tornam-se essenciais para formular e implementar ações preventivas de vigilância sanitária que venham contribuir para o controle desse fenômeno que ameaça tornar inúteis as melhores armas disponíveis no controle da doença.