Identificação e controle de resistência microbiana às drogas antimaláricas efetivas no tratamento de malária por p. Vivax e p. Falciparum no Brasil
Objetivo de aprendizagem:Compreender critérios para mapear o desenvolvimento de resistência a drogas antimaláricas no Brasil através do sistema de informação do Programa de Controle de malária. Propor medidas de vigilância sanitária orientadas à identificação mais eficiente e oportuna do surgimento de resistência a drogas antimaláricas utilizadas no Brasil
Contexto Educacional:Qualificação Profissional
Público Alvo:Profissionais de saúde
A malária persiste na atualidade como um problema de saúde pública que afeta desproporcionalmente populações em situação de negligência no Brasil e no mundo. Estudos recentes mostraram a presença da doença em regiões extra-amazônicas e existe a crescente preocupação com o surgimento de cepas resistentes ao tratamento utilizado para P. vivax e P. falciparum baseado em combinações terapêuticas de derivados de artemisinina. O aparecimento e disseminação de genótipos resistentes têm sido descrito na Ásia, mas ainda não existem evidências documentadas no Brasil. Objetivos: Identificar o aparecimento de cepas resistentes aos antimaláricos usados no tratamento de malária por P. vivax e P. falciparum. Estabelecer critérios para mapear o desenvolvimento de resistência a drogas antimaláricas no Brasil através do sistema de informação do Programa de Controle de malária. Propor medidas de vigilância sanitária orientadas à identificação mais eficiente e oportuna do surgimento de resistência a drogas antimaláricas utilizadas no Brasil. Métodos: Revisão sistemática de eficácia e efetividade dos antimaláricos e da prevalência de cepas resistentes (testes fenotípicos e genéticos) usados no tratamento de malária por P. vivax e P. falciparum usando as Diretrizes metodológicas do Ministério da Saúde. Análise do Banco de dados identificado do Programa de Controle de Malária – SIVEP, utilizando ferramentas de linkagem validadas de forma a identificar múltiplos episódios diagnosticados e reportados. Para estimar a taxa de falha terapêutica e resistência antimalárica, serão utilizados critérios considerando o intervalo entre o diagnóstico de episódios sequenciais. A variação dos intervalos possibilitará análise de sensibilidade dos intervalos mais adequados para os diferentes contextos. Resultados esperados: Identificar e descrever as principais lacunas de detecção e reconhecimento de falha terapêutica e resistência antimalárica no território brasileiro possibilitará a elaboração de uma proposta de estratégias de vigilância sanitária e epidemiológica para a identificação oportuna e precoce do surgimento de resistência antimalárica. Tal proposta contemplará as diferentes variáveis associadas à falha terapêutica no tratamento com antimaláricos: qualidade dos medicamentos, polimorfismo (metabolização da droga), adesão ao tratamento, risco de reinfecção e recaída. Uma sistematização narrativa de resultados preliminares de estudos de resistência a drogas antimaláricas bem como ensaios de novas drogas fornecerão subsídios para esta etapa do projeto. Conclusão: O estudo e o mapeamento dos organismos que estão desenvolvendo resistência à terapia com drogas antimaláricas tornam-se essenciais para formular e implementar ações preventivas de vigilância sanitária que venham contribuir para o controle desse fenômeno que ameaça tornar inúteis as melhores armas disponíveis no controle da doença.
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