Tenho uma imagem, Logo Existo" : padronização na maneira de ver e representar a realidade a partir das imagens na rede social Instagram de jovens alunos da EPSJV - FIOCRUZ
Objetivo de aprendizagem:O objetivo geral da pesquisa é compreender sobre os padrões de consumo e (re)produção das imagens fotográficas em redes sociais de alunos do ensino médio como forma de apreensão da sua cultura imagética. Para tal, elegeu-se a rede social Instagram a fim de mapear as imagens publicadas pelos alunos de ensino médio e construir um quadro com todas as imagens selecionadas. A partir da análise das imagens, foi possível problematizar a cultura imagética dos alunos.
Contexto Educacional:Para a autora Sibilia (2016), “mais do que um conjunto de imagens, o espetáculo se tornou em se transformou em nosso modo de vida e nossa visão do mundo, na forma como nos relacionamos uns com os outros e na maneira com que o mundo se organiza”. (p.74), ou seja, a sociedade do espetáculo transformou a nossa maneira de experiência de si e do outro na relação com o mundo. O que antes era para ser íntimo e privado, hoje passa a ser produzido para ser exposto. Pois, com a facilidade técnica que esses dispositivos proporcionam na captação mimética do instante, ainda mais após a popularização dos telefones portáteis munidos dessa função, a câmera serve para documentar o que somos de um modo extremamente realista. Esses aparelhos permitem registrar a própria vida sendo vivida em nesse gesto, oferecem a possibilidade tanto de se ver vivendo (para si) como de se mostrar vivendo (para os outros). (SIBILIA, 2016, p.60) Contudo quando o objetivo passa a ser prioritariamente o “mostrar vivendo (para os outros)” a relação com a experiência do mundo se transforma, pois, capturar uma tarde de verão passa a ter como objetivo a exposição desse momento e não mais a sua “aura”. Para o autor Walter Benjamin (1994) observar, em repouso, numa tarde de verão, uma cadeia de montanhas no horizonte, ou um galho, que projeta sua sombra sobre nós, até que o instante ou a hora participem de sua manifestação, significa respirar a aura dessa montanha, desse galho. (BENJAMIN, 1994, p. 101) Quando essa aura do momento não tem a experiência de si na relação com a sua exposição, quem publica passa a ser um sujeito que “vive a própria vida como um verdadeiro personagem” (SIBILIA, 2016, p.82) porque no momento de uma tarde de verão a imagem produzida passa a ser mais importante que a “aura” do momento. Como consequência disso, a nossa produção de imagens e assim a narrativa sobre nós mesmo se transforma.
Público Alvo:Estudantes da Escola Politécnica em Saúde (EPSJV da Fiocruz) e demais interessados
O Ebook (PDF) apresenta o resultado e trajetória da pesquisa, servindo como exemplo para outras pesquisas e discussões na área da Educação Audiovisual
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